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Atividade Física na Escada do Prédio é Seguro?

Corro Risco ao Fazer Exercícios na Escada do Prédio?

Essa semana falamos sobre a criatividade que alguns motoristas de app têm tido para completar suas rendas, mas se engana quem pensa que o brasileiro está se virando apenas no lado profissional. A atividade física, também tem exigido certa criatividade dos amantes nesse momento. Algumas pessoas têm recorrido às escadas do prédio para se exercitarem, mas será que é seguro? Em conversa com o portal Eu Atleta, especialistas explicam os riscos e benefícios dessa atividade. Confira.

É segura essa atividade física?

Segundo o infectologista Alexandre Naime Barbosa, do ponto de vista da pandemia, não é viável esse tipo de atividade. Mesmo que o praticante esteja com máscara e evite tocar superfícies, o indivíduo pode encontrar outros moradores e, nesse caso, não conseguirá manter a distância recomendada de 2 metros.

O médico observa que em cidades com alto risco de transmissão da Covid-19 como São Paulo, Rio de Janeiro, Belém e Manaus, é necessário evitar sair de casa para fazer qualquer atividade que não seja essencial. Portanto, não é possível imaginar a utilização de qualquer dependência dos edifícios, incluindo escadas, para a prática de atividade física. Afinal, as medidas, embora ofereçam alguma proteção, não eliminam totalmente os riscos de transmissão do vírus.

“Nesses tempos de pandemia de Covid-19, tudo depende do bom senso das pessoas. A gente sabe exatamente como se prevenir e as atividades físicas podem ser adaptadas a depender da realidade regional de cada lugar. Se tomarmos os devidos cuidados, é possível voltar a fazer as atividades físicas fora de casa sem risco de transmitir ou de se expor ao Covid-19”, diz Barbosa.

Veja alguns riscos dessas atividades físicas na pandemia:

  • Aglomeração na escada, por ser uma área mais estreita;
  • Possível lesão durante, principalmente, a descida das escadas;
  • Complicações pela intensidade do exercício, caso o indivíduo não esteja condicionado e/ou apresente risco de problemas cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral.

Benefícios das escadas fora da pandemia

Região do Core

É uma atividade cardiorrespiratória que fortalece músculos como glúteos, quadríceps, panturrilha e região do core.

Marcelo Ferreira Miranda, conselheiro do Conselho Federal de Educação Física, completa que os riscos dessa atividade em escadas vão além. Não é à toa que, em simuladores de escadas em academias, o movimento é apenas ascendentes. Ao descer as escadas há chance, por exemplo, de uma tendinite infrapatelar, que é muito comum nessas situações.

“Na subida, a intensidade do exercício é muito alta. Na descida, não é tão alta, mas o impacto nas articulações é muito grande. Quem tem tendência de tendinite, artrose ou alguma lesão de lombar ou de quadril corre risco muito grande fazendo exercício na escada. A recomendação é que a subida seja considerada o exercício. A descida deve ser feita com extrema cautela porque o risco de lesão é maior”, conta Miranda, acrescentando que, por outro lado, o exercício de subir escadas, quando realizado adequadamente, fortalece glúteos, quadríceps, panturrilha e, se adotada a postura correta, a região do core.

Dessa maneira, Miranda recomenda que toda atividade física seja acompanhada por um profissional da área, para avaliar o condicionamento físico para esse tipo de atividade.

Outras dicas do especialista sobre essa atividade física

  • Consulte um profissional de Educação Física, que, com base na sua individualidade biológica e condicionamento, avaliará se subir escadas é um exercício seguro e adequado para você. Dependendo dessa orientação, pondere bastante e somente utilize as escadas do seu prédio somente em horários em que haverá menos chance de encontrar com outros moradores;
  • Use máscara. Afinal, por mais que procure realizar esse exercício quando não haverá movimentação nas escadas, sempre há a possibilidade de encontrar com alguém. É importante lembrar que, ao fazer exercícios físicos, a força da expiração é maior, podendo triplicar a quantidade de gotículas, que podem chegar a uma distância de cinco a dez metros, segundo alguns estudos.
  • Até que esteja adaptado ao uso da máscara durante a atividade física, controle a intensidade do exercício. Se ficar muito difícil respirar, uma vez que, ao utilizar a máscara é preciso fazer mais força para inspirar, reduza o esforço, mas não retire-a;
  • Não toque no corrimão;
  • Saia de casa com um álcool gel com concentração 70% para higienizar suas mãos. Dá para evitar tocar no corrimão, mas será preciso abrir portas, por exemplo;
  • Escolha um tênis bem confortável e use uma roupa que permita transpiração. Não se esqueça de retirá-los ao retornar para casa, lavando as mãos com água e sabão e tomando um banho em seguida;
  • Consulte um profissional de Educação Física ou pesquise plataformas e canais especializados que ofereçam orientações sobre alongamento que podem ser realizados antes e depois desse exercício;
  • Na descida, desça caminhando com cuidado. Nada de correr, para evitar lesões. Aumente a intensidade dos passos apenas na subida.

Cuidado

Todos nós sabemos a importância da prática da atividade física. Mas o momento requer adaptação para executá-la em casa, nossa dica é que, se puder, procure um profissional da área, ele saberá orientá-lo sobre a forma adequada da execução dos movimentos, sem que você corra risco de se expor ao vírus.

Referência: globo.com/eu-atleta

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