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E se os vírus não existissem?

E se os vírus não existissem?
E se os vírus não existissem?

Diante de uma pandemia, podemos imaginar que os vírus existam com o único propósito de criar caos na sociedade. Se existisse a possibilidade de fazê-los desaparecerem com uma varinha mágica, provavelmente a maioria das pessoas abraçaria essa ideia, ainda mais num momento como esse. No entanto, esse seria um erro fatal. Como assim? O Minuto Saúde e Bem-Estar te explica.

Buscando o equilíbrio

A maioria das pessoas não tem consciência do papel que os vírus desempenham na manutenção de grande parte da vida na Terra, porque temos a tendência de focar apenas nos problemas que eles causam à humanidade.

Quase todos os virologistas estudam apenas os agentes patogênicos; só recentemente uns poucos pesquisadores intrépidos começaram a investigar os que nos mantêm vivos e também o nosso planeta, em vez de nos matar.

Cientistas têm certeza de que, sem os vírus, a vida no planeta, tal como a conhecemos, deixaria de existir.

Quantos vírus existem?

Para começar, não se sabe nem sequer quantos existem. Milhares foram classificados formalmente, mas podem ser milhões.

“Descobrimos apenas uma fração porque ainda não buscamos muito”, diz Marilyn Roossinck, ecologista de vírus da Penn State University, nos Estados Unidos.

“É apenas um viés — a ciência só tem se interessado por agentes patogênicos.”

Os pesquisadores ainda nem sabem qual o percentual total que são problemáticos para os seres humanos.

“Se você pensa numericamente, (o percentual) estaria estatisticamente perto de zero”, diz Curtis Suttle, virologista ambiental da Universidade de British Columbia.

“Quase todos os vírus que andam por aí não são agentes patogênicos para as coisas que mais importam.”

Amigos dos ecossistemas

Se os vírus desaparecessem de repente, algumas populações bacterianas cresceriam desproporcionalmente; outras poderiam ser vencidas e deixarem de crescer por completo.

Isso seria particularmente problemático nos oceanos, onde mais de 90% de toda a vida é bacteriana.

Estes vírus matam, por dia, cerca de 20% de todos os micróbios oceânicos, e cerca de 50% de todas as bactérias oceânicas.

Ao eliminar os micróbios, os vírus garantem que o plâncton produtor de oxigênio tenha nutrientes suficientes para sustentar altas taxas de fotossíntese, a qual, em última instância, permite que se mantenha grande parte da vida na Terra.

São proteção para os humanos

Infecções com certos vírus benignos podem ajudar inclusive a proteger os humanos de alguns agentes patogênicos.

O vírus GB-C, um agente não-patogênico que é parente próximo do vírus do Nilo Ocidental e da dengue, está ligado à progressão tardia da aids nas pessoas com HIV.

Cientistas descobriram também que o vírus GB-C faz com que as pessoas contaminadas com ebola sejam menos propensas a morrer.

Da mesma maneira, a herpes faz com que os ratos sejam menos suscetíveis a certas infecções bacterianas, incluindo a peste bubônica e a listeria (um tipo comum de intoxicação alimentar).

Os autores suspeitam que suas descobertas em roedores se aplicam a seres humanos.

Enquanto infecções com vírus de herpes “são vistas unicamente como de agentes patogênicos”, dizem os pesquisadores, os dados mostram que a herpes entra na verdade em uma “relação simbiótica” com seu anfitrião, dando a ele benefícios imunológicos.

Sem vírus, nós e outras espécies poderíamos ser muito mais inclinados a morrer de outras doenças.

Ajudam em tratamentos

Os vírus são também um dos agentes terapêuticos mais promissores para tratar certas doenças. A fagoterapia utiliza-o para atacar infecções bacterianas.

Este é um campo que agora, com a crescente resistência aos antibióticos, está começando a crescer.

“Muitas vidas estão sendo salvas usando o vírus onde os antibióticos estão falhando”, diz Suttle.

Cientistas também estão estudando os vírus oncolíticos, aqueles que infectam e destroem seletivamente as células cancerígenas, como um tratamento menos tóxico e mais eficiente contra o câncer.

Como eles se replicam e sofrem mutações constantemente, os vírus contam com um repositório massivo de inovações genéticas que outros organismos podem incorporar.

Portanto, é importante ressaltarmos que nem todos fazem mal. Além disso, alguns servem como tratamento de doenças como vimos no conteúdo acima. Mas não é o caso do Sars-Cov2, esse podemos torcer para que rapidamente encontremos uma vacina e o Minuto Saúde e Bem-Estar, está atento para sempre estar atualizando as informações.

Fonte: bbc.com

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