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Mamografia de rotina aos 40 reduz mortalidade por câncer

Mamografia de rotina aos 40 reduz mortalidade por câncer
Mamografia de rotina aos 40 reduz mortalidade por câncer

Um estudo recém-publicado pela revista científica The Lancet trouxe novas evidências de que a realização anual da mamografia a partir dos 40 anos de idade ajuda a reduzir a mortalidade do câncer de mama entre as mulheres. Chefiado por pesquisadores da Queen Mary University of London, o trabalho teve a participação de cerca de 160 mil mulheres, sendo acompanhadas ao longo de mais de duas décadas. Confira os detalhes.

Recomendação das entidades

Em conclusão, aquelas que passaram pelo procedimento mais precocemente tiveram índice de mortalidade cerca de 25% menor. Atualmente, as principais entidades no mundo como o Ministério da Saúde, no Brasil, e a Organização Mundial de Saúde, no entanto recomendam que o exame de rotina seja feito bianualmente e apenas após os 50 anos de idade.

De acordo com os autores da publicação, a redução das mortes é atribuída à detecção prematura do câncer nos graus 1 e 2, que progride mais rapidamente em mulheres jovens. Para a realização das análises, as participantes, com idade entre 39 e 41 anos foram separadas em dois grupos.

Como aconteceu

O primeiro contou com 53 mil participantes. Todas fizeram o rastreamento anual a partir dos 40 anos. Além disso, após uma década de acompanhamento, 83 pacientes deste grupo haviam morrido de tumor de mama. Entre as mulheres que não passaram pelo exame de rotina (cerca de 106 mil), foram registradas 219 mortes. Já nos dez anos seguintes nenhuma diferença significativa na mortalidade entre os grupos foi observada (126 contra 255 mortes).

Debate médico

A realização da mamografia de rastreamento, exame de rotina em mulheres sem sinais e sintomas de câncer de mama, a partir dos 40 nessa é um tema de debate há algumas décadas dentro da comunidade médica.

Guilherme Novita, presidente da regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Mastologia e membro da comissão de mastologia da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. No entanto, explica que a questão se apega principalmente ao “custo-efetividade”. “Entre os 50 e 70 anos, é diagnosticado, em média, um caso de câncer a cada 400 exames”, explica. “Na faixa dos 40 anos, a proporção é de mil exames para cada diagnóstico positivo. ”

Mas, Novita defende que a diminuição da mortalidade, segundo ele, já havia sido demonstrada estar “entre 10% e 15%”, em estudos anteriores, seria por si só um argumento relevante para a redução da faixa etária recomendada.

Portanto, é importante fazer a mamografia de forma periódica o quanto antes, o diagnóstico precoce reduz o risco da fatalidade da doença.

Referências: uol.com.br/vivabem

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