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Diabetes, uma doença que precisa de atenção

Diabetes, uma doença que precisa de atenção

Hoje vamos falar um pouco sobre a Diabetes, uma doença bem comum que requer cuidados específicos. Mas afinal, o que é? Quais são os sintomas? Seus tipos? Venha conferir!!

O que é?

É uma doença crônica causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina. Mas o que é insulina? É um hormônio produzido pelo pâncreas que tem a função de quebrar as moléculas de glicose, transformando-as em energia para manutenção das células do nosso organismo. Essa deficiência pode causar o aumento da glicemia e, consequentemente, levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Levando até mesmo a óbito, em casos mais graves. Estima-se que no Brasil há mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes. Em termos percentuais, isso gira em torno de 6,9% da população, segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes.

Quais são os tipos de diabetes?

Diabetes tipo 1: Representa cerca de 10% dos casos e é provocado por um processo auto imune, quando o organismo confunde alguma estrutura própria com um agente invasor. Com isso, ativa seu sistema de defesa. O sistema imunológico ataca as células beta, no pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. Esse tipo específico é mais comum que apareça na infância ou adolescência, mas pode também ser diagnosticado em adultos. Pessoas que possuem histórico da doença na família precisam fazer exames regularmente para acompanhar a glicose no sangue.

Diabetes tipo 2: Na maioria dos casos, o corpo não é capaz de utilizar adequadamente ou não produz quantidade suficiente de insulina para metabolizar a glicose. Esse processo se chama “resistência à insulina”. Esse tipo é mais frequente em adultos a partir dos 40, no entanto, o número de adolescentes e até crianças diagnosticadas vem aumentando à medida em que a população torna-se mais obesa.

OBS: A genética também está envolvida, mas existem fatores de riscos ligados ao estilo de vida que são evitáveis: pressão alta, colesterol, triglicerídeos elevados, sobrepeso e acúmulo de gordura, principalmente a abdominal, são os principais deles.

Pré diabetes: Ocorre quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas ainda não são tão elevados ao ponto de caracterizarem um diabetes tipo 1 ou 2. Porém devemos ficar atentos, pois esse é um sinal de alerta do corpo que normalmente aparece em obesos, hipertensos e/ou pessoas com lipídios alterados. Além disso, essa é a única etapa que permite a reversão do quadro, prevenindo a evolução e o aparecimento de complicações. No entanto, mesmo com os devidos cuidados, 50% dos pacientes desenvolvem a doença.

 Diabetes gestacional: É o quadro de hiperglicemia que pode se manifestar na gravidez, geralmente no terceiro trimestre, e que quase sempre desaparece após o parto. Este tipo de diabetes afeta entre 2 e 4% de todas as gestantes e implica risco aumentado do desenvolvimento posterior de diabetes para mãe e bebê.

Os sintomas da diabetes

Os sintomas principais e comuns entre os tipos de diabetes são: fome e sede excessiva e vontade de urinar vezes demais ao longo do dia. No entanto, os tipos também possuem sintomas distintos, como mostraremos a baixo:

Sintomas do tipo 1: Fraqueza, fadiga, mudanças de humor, náuseas e vômitos.

Sintomas do tipo 2: Formigamento nos pés e nas mãos, infecções frequentes na bexiga, rins e infecções de pele, retardo na cicatrização de feridas e visão embaçada.

Comer muito açúcar causa diabetes?

O açúcar está atrelado sim à doença, mas não é bem assim. É que o consumo excessivo de açúcar contribui para o excesso de gordura corporal, que se torna um fator de risco para o diabetes tipo 2. Além disso, estudos apontam que a ingestão em demasia de bebidas açucaradas, como sucos industrializados e refrigerantes, aumenta consideravelmente o risco de desenvolver a condição.

Não se sabe com certeza todos os fatores de risco para desenvolver o diabetes, mas sabemos que a genética exerce um papel importante.

Açúcar, proibido para quem tem diabetes?

Também não é bem assim. O açúcar pode ser consumido desde que a quantidade de carboidratos seja computada. Sendo possível até abrir exceções em ocasiões especiais e consumir doces normais, desde que siga as recomendações da nutricionista. Não é necessário que o paciente se prive e abra mão de eventos sociais que envolvam comida, mas vale novamente ressaltar a necessidade de uma dieta equilibrada para que as exceções sejam permitidas.

Complicações da doença

Caso não haja um tratamento adequado, o paciente com diabetes passa longos períodos com hiperglicemia, o que gera um efeito tóxico para os vasos sanguíneos e o organismo como um todo. Algumas complicações também podem surgir mesmo que o paciente siga todas as orientações.

Consigo controlar a diabetes naturalmente?

Alguns pacientes podem, no início, ter bons resultados apenas com dieta e exercícios, sempre, claro, seguindo uma orientação médica. E é preciso muito atenção a soluções não convencionais como, por exemplo, fitoterápicos que prometem baixar a glicose, chás, dietas milagrosas e jejuns. As recomendações devem sempre vir de um médico.

Como tratar?

O tratamento da diabetes exige, além do acompanhamento médico especializado, os cuidados de uma equipe multidisciplinar com endocrinologista, nutricionista, educador físico, psicólogo e outros especialistas. No começo do tratamento, existem muitas informações importantes a serem assimiladas, até por isso é comum ouvirmos falar na educação em diabetes. Seu principal objetivo é que os níveis glicêmicos em jejum, fiquem em torno de 100mg/dl e 140 mg/dl duas horas após a refeição. Esse controle é feito pelo glicosímetro, um aparelho especializado nesse tipo de medição.

Uma observação importante: diabéticos fazem parte do grupo de risco do coronavírus. Portanto, mantenham o isolamento social e respeitem as medidas de higiene e segurança.

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