A Organização Mundial da Saúde declarou não ser possível prever quando, e nem se, o novo coronavírus vai desaparecer. Não descartando também a possibilidade do vírus se tornar endêmico. Mas o que seria um vírus endêmico? Qual seria a diferença entre endemia e pandemia? A gente te explica.
Conviveremos para sempre com o vírus?
Em todo o mundo, mais de 4,2 milhões de pessoas já foram infectadas, dentre elas 300 mil morreram. Além disso, os especialistas não sabem ao certo quando o contágio pode ser interrompido, eles também cogitam a hipótese do vírus nunca desaparecer, tornando-se endêmico.
“O coronavírus pode se tornar outro vírus endêmico em nossas comunidades e nunca desaparecer”, diz Michael Ryan, diretor-executivo da OMS.
O que é um vírus endêmico?
Pesquisando essa definição no site do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, encontramos a seguinte definição: “refere-se à presença constante e/ou prevalência habitual de uma doença ou agente infeccioso em uma população de uma área geográfica”.
Eles também utilizam o termo “hiperendêmico”, para se referir a níveis altos e persistentes de ocorrência da doença.
Não há motivos para pânico
Segundo o diretor-executivo da OMS, Michael Ryan, apesar do Sars-Cov-2 ter potencial para se tornar um vírus endêmico, isso não significa que seja incontrolável. Ele cita até mesmo o HIV como exemplo, que já é conhecido há quatro décadas e ainda não existe uma vacina para combatê-lo.
“O HIV não desapareceu, mas encontramos uma maneira de conviver com o vírus. Encontramos tratamentos e métodos de prevenção. As pessoas não se sentem assustadas como no início e podemos garantir a vida de quem vive com o vírus”, explica Ryan.
Além disso, até 2018 a Aids havia matado mais de 32 milhões de pessoas e cerca de 40 milhões viviam com o vírus.
Apesar de “continuar sendo um dos maiores problemas de saúde pública do mundo”, diz a OMS, “a infecção pelo HIV se tornou um problema de saúde crônico suportável que permite que as pessoas que tenham o vírus levem uma vida longa e saudável”.
Surto, pandemia, endemia: entenda as diferenças
Primeiro precisamos entender como o vírus funciona. Esses micro-organismos compostos por uma cápsula protetora, geralmente de gordura e material genético têm uma única razão de ser: encontrar um hospedeiro e se multiplicar.
Existem milhares de vírus que usam os humanos como hospedeiros, como por exemplo o influenza e HIV como vimos anteriormente. A evolução das contaminações se classificam da seguinte forma:
Surto: quando há um aumento inesperado no número de infecções em uma região específica.
Epidemia: os surtos começam a acontecer em várias localidades ao mesmo tempo, o problema é considerado uma epidemia; o quadro geralmente consiste em um pico no número de casos e depois uma diminuição neles.
Pandemia: se o vírus passa a ser transmitido entre países, a doença é considerada uma pandemia. É o caso do novo coronavírus, que começou como um surto em Wuhan, na China, mas cresceu ao ponto de se tornar um problema global.
Endemia: como já explicamos, ocorre quando uma doença se manifesta com frequência em determinadas regiões, geralmente provocada por circunstâncias ou causas locais.
Portanto, torcemos para que seja desenvolvida uma vacina que combata o vírus, mas caso não aconteça, sabemos que podemos vir a conviver com ele de forma controlada. Esperamos um dia escrever sobre o fim dessa angústia, enquanto isso não acontece, pedimos para que não relaxem com as medidas protetivas.
Referências: www.uol.com.br/vivabem; www.g1.globo.com/bemesta
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