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Precisamos ter cautela com a medicação!

O medicamento antiviral remdesivir vem sendo estudado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH). Os estudos apontam uma ajuda significativa no tratamento de pacientes hospitalizados com COVID-19. Esse medicamento tem prazo para chegar ao Brasil? Esse conteúdo contém as respostas para essa e outras perguntas.

O medicamento

Desenvolvido pela empresa farmacêutica norte-americana Gilead, remdesivir está sendo testado através de um estudo controlado e randomizado envolvendo 1.063 pacientes de vários países. O estudo começou em fevereiro de 2020.

Até o dia 09 de maio, nenhum resultado oficial foi publicado. No entanto, o NIH informou que o conselho independente de monitoramento de dados e segurança que supervisionou o estudo, se reuniu em 27 de Abril, revisando dados e compartilhando suas análises intermediárias com a equipe de estudo. Tais dados preliminares sugerem que o remdesivir foi melhor que o placebo em termos de tempo para recuperação. Sendo o objetivo primário definido como suficiente bom para alta hospitalar ou retornar ao nível normal da atividade.

A equipe que realizou a pesquisa no Reino Unido expressou “otimismo cauteloso” em relação às descobertas, mas enfatizou que outros medicamentos também seriam necessários.

Resultados preliminares de remdesivir

Os resultados preliminares indicam que os pacientes tiveram um tempo 31% mais rápido de recuperação, em relação aos que fizeram uso de placebo. Por exemplo, o tempo médio de recuperação de pacientes tratados com remdesivir foi de 4 dias a menos dos tratados com placebo. Os resultados também sugeriram um benefício de sobrevida, com uma taxa de mortalidade de 8,0% para o grupo que recebeu remdesivir contra 11,6% para o grupo placebo.

Em entrevista coletiva, o consultor de doenças infecciosas Brian Angus disse:  “No que diz respeito aos resultados, é um otimismo cauteloso. Há algum efeito, mas não é um efeito maravilhoso. Temos que descobrir quando é o melhor momento para administrar este medicamento, que se beneficia mais. Ainda há muitos dados para serem obtidos deste estudo”.

Os pesquisadores acrescentaram que, embora apenas 46 dos pacientes incluídos no estudo fossem do Reino Unido, esse número reduzido é em razão da oferta limitada do medicamento.

Max Parmar, diretor da Unidade de Ensaios Clínicos do Conselho de Pesquisa Médica da University College London, também ressaltou que outros medicamentos serão necessários na luta contra a COVID-19.

Quando remdesivir chega ao Brasil?

A Gilead, ainda não fez pedido para registrá-lo no país. Mas, caso aconteça, há a possibilidade de um processo regulatório mais célere, por ser um remédio para uso em meio à pandemia.

“A Anvisa está em contato com a Gilead, empresa que fabrica o remdesivir no exterior, a fim de acompanhar a evolução dos estudos do medicamento para o tratamento da Covid-19. Na sexta-feira (01/5), a Food and Drug Administration (FDA) autorizou o uso do medicamento nos Estados Unidos para tratamento da doença em pacientes hospitalizados em estado grave. Nos próximos dias, a Anvisa fará reunião com a fabricante para verificar o interesse e a viabilidade do fornecimento do medicamento no Brasil”, disse a Anvisa, em nota.

A agência está analisando as pesquisas sobre o uso do remdesivir e também acionou a empresa em busca das informações disponíveis.

O que pensa o Ministério da Saúde?

O Ministério da Saúde disse que participa, por meio da Fiocruz, de uma pesquisa comandada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) onde estuda a eficácia de diversos medicamentos no combate ao coronavírus, entre eles o Remdesivir. Além disso a pasta afirmou ainda que acompanha diariamente a publicação de pesquisas que avaliam resultados de aplicação de remédios contra a doença e que, ao lado do Ministério da Ciência e Tecnologia, destinou R$ 50 milhões para linhas de pesquisa sobre o tema.

Referências:

O Globo

boasaude.com.br

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