Na mesma semana em que o mundo bateu recorde de novos casos de coronavírus, uma noticia nos trouxe esperança. Pesquisadores descobriram que é possível criar anticorpos contra a Covid-19. Seria um grande passo rumo à erradicação da doença?
Susto da semana
Na semana do dia 20/05, nos deparamos com números alarmantes divulgados pela OMS. O mundo bateu recorde de novos casos de Covid-19 em 24 horas, sendo mais de 106 mil diagnósticos, em sua maioria concentrados em apenas 4 países. De acordo com a organização, que trabalha apenas com casos oficiais comunicados pelo sistema de saúde, esses países são os Estados Unidos, Brasil, Rússia e Índia.
Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, a organização busca reforçar as redes de distribuição de material protetivo para garantir atendimento seguro às pessoas contaminadas e resguardar o trabalho de médicos e enfermeiros. “Estamos preocupados com o crescimento da pandemia em países de baixa renda”, disse o diretor.
Preocupação com o desenvolvimento da vacina
O diretor-geral também anunciou a criação de uma plataforma científica comum sobre o novo coronavírus, a que todos os países-membros da OMS estão convidados a aderir. Haveria assim avanços nas pesquisas de tratamentos e vacinas.
Uma das preocupações em relação ao desenvolvimento das vacinas é que elas sejam patenteadas de forma privada, não podendo ser replicadas e produzidas de forma universal. A plataforma, além de permitir uma troca mais rápida entre cientistas, também indica que a OMS busca remédios que venham ser aprovados ou que um futuro imunizante tenha licença aberta.
Uma luz no fim do túnel
Não apenas de noticias ruins transcorreu a semana. Uma nova pesquisa utilizando macacos, foi publicada também no dia 20/05, pela revista Science, mostrando que a infecção por coronavírus induziu, por meio do organismo, a proteção necessária para evitar recontaminação.
Os pesquisadores infectaram 9 macacos com doses do vírus. Como esperado, todos foram contaminados e passaram a reproduzir o vírus no corpo. Alguns manifestaram sintomas e outros não, mas nenhum morreu.
Passados 35 dias, a mesma quantidade de vírus foi injetada nos mesmos animais, mas com resultados diferentes. Nenhum vírus além do injetado, foi encontrado em seus sistemas após um dia. Foi possível então afirmar que o vírus não se replicou no corpo, concluindo que a imunidade foi desenvolvida.
Ainda é cedo, mas há esperança
Não é possível definir com certeza que o corpo humano tenha os mesmos resultados, mas os macacos são escolhidos para os testes justamente por sua proximidade fisiológica com o nosso corpo. Os testes terão que avançar em humanos para definir se isso se aplica.
Como o teste é recente, ainda não é possível afirmar quanto tempo durarão esses anticorpos, os macacos continuarão sob supervisão para análise, mas há esperança de dias melhores.
Referência: noticias.r7.com.br